Família,
segundo os dicionários, são pessoas aparentadas que vivem, em geral, na mesma
casa, particularmente pai, mãe e filhos.
Fácil a definição, não é?
Mas, nas últimas décadas a família tem vivenciado um período
de transição. Sua identidade tem sofrido influências que promoveram mudanças
significativas, tanto no social como em seu interior. Ela não pode mais ser considerada como uma
totalidade homogênea. Nela encontramos uma gama de relações diferenciadas, é um
sistema gerador de significados, um conjunto dos entendimentos que cada
componente faz das relações que vivem dentro e fora do meio familiar. Um
sistema que altera o meio social e é alterado por ele.
O desenvolvimento da família se dá em diversas áreas, o
impacto das mudanças repercute em todos os membros de formas diversas, com
momentos organizados ou não, bem como com situações disfuncionais e
desarmônicas. Ela é em si mesma geradora de estratégias para lidar com as
diferenças e os conflitos o que favorece o crescimento individual e familiar.
As vicissitudes evolutivas promovem o desenvolvimento das capacidades positivas
e negativas de cada membro e da família como um todo, por isso devemos nos ater
com especial atenção a tudo que ocorre ao seu redor.
A família é a estrutura que possibilita ao humano sua
sobrevivência desde a manutenção da vida, com a mamadeira, a manutenção da alma
com valores e crenças. Da dependência para a independência através de um
ambiente acolhedor.
Uma família saudável é aquela que sempre possibilita a seus
membros reinventar, ressignificar, é aquela que faz com que cada um se sinta
respeitado e que possibilita a constante melhoria da qualidade de vida para
todos.
Assim, longe da simples definição, devemos cuidar desse bem
maior do qual fazemos parte.
Adarlene
Aleixo
Psicóloga
Psicanalista
Terapeuta de Família
Gerontóloga
Mediadora